top of page

Suéteres, ano 10

  • Foto do escritor: Fábio Mello
    Fábio Mello
  • 5 de set. de 2019
  • 3 min de leitura

Vi no Facebook dos Suéteres que eles completaram no último dia 31 de agosto dez anos de história. Lembro bem do início da banda e de como marcou uma época especial da minha vida, no caso o início da minha vida de casado. Devido à proximidade e amizade com os membros da banda, acabei ganhando o Rua Caetés (primeiro disco). Foi uma sensação diferente saber que uma das suas bandas favoritas é da sua cidade. Que eu poderia vê-los ao vivo a qualquer momento em pontos como Bodeguita, Pub 77 e até no Bar do Preto...


O Suéteres marcou tanto minha vida que uma das faixas do Rua Caetés (“Se for de aplaudir”), foi escolhida para fazer parte do CD de lembrança distribuído no meu casamento, em janeiro de 2010.


Revirando os meus arquivos consegui recuperar essa entrevista feita com o Luquinha, vocalista da banda Suéteres, em agosto de 2014, que fiz para o Jornal O Movimento. Ele fala sobre o segundo disco da banda e a perda precoce do guitarrista Igor Silva.


Aguardando ansioso pelo terceiro disco!


O texto era o seguinte:


Após um período triste e turbulento devido a partida do guitarrista Igor Silva, Suéteres está de volta lançando o segundo disco denominado Suéteres. "A ausência de um nome para o disco tem um significado importante, assim como o simbolismo representado na capa do álbum", conta Lucas Faria, guitarrista e vocalista da banda. A capa é um trabalho realizado pelo artista plástico pirassununguense Carlos Eduardo Zornoff, e representa de forma precisa esse momento para Lucas, Gabriel e Guinho."Todo o branco significa ausência, e os três trapos, o que restou de nós com a perda do nosso irmão", explica Lucas.


O disco foi composto durante esse período complexo e intenso, trazendo reflexão direta nas letras e canções. "Escrevi a maioria as letras com referência direta ao momento e ao meu parceiro, mesmo que utilizando figuras de linguagens e imagens femininas", conta Lucas.


Não é difícil perceber a maior complexidade das canções e a maturidade sonora em relação ao primeiro álbum Rua Caetés, de 2010. Influenciados por Beatles, The Jayhawks, Bob Dylan e musica brasileira, o segundo disco trás também pegadas de Radiohead, como nas canções "Auto Retrato" e "Diário de Anteontem", de Big Star na sutil "A lágrima e o Guarda-Chuva" e do rock de sotaque interiorano, característico da banda, na canção "Me, Mandy...sempre".


O disco foi gravado ainda com a formação original, em São Carlos na Papagaio Records, embora hoje eles contem com Marcos Millá no baixo e Marcos Piti no teclado e percussão. Em entrevista perguntei para eles:


O Movimento: Quais as dificuldades para a gravação desse disco?

Suéteres: Tudo fora feito no tempo e nas condições em que o nosso irmão se encontrava. Apesar de toda dificuldade, ele conseguiu gravar todas as suas guitarras antes de partir. Isso faz do disco algo muito especial para nós.


O Movimento: Como vocês encaram essa nova fase? Suéteres: Aquele papo de que o tempo cura é balela. Aprendemos a suportar com o tempo, não a esquecer. Continuamos porque ele sempre dizia que faríamos nossa música até o fim. Readaptar é sempre difícil, mas estamos muito felizes e sabemos que ele também está. Esta era a vontade dele e nossa também.


O Movimento: O que mudou no som da banda do primeiro para o segundo disco?

Suéteres: A maturidade e a complexidade sonora. Tocando juntos nos descobrimos a todo momento. É lógico que o fato da concepção desse trabalho coincidir com uma fase tão dura e triste para nós, refletiu diretamente nas letras e canções. Ouvimos muita música e somos abertos a descobertas de coisas novas, isso nos permite arriscar e ver o que funciona e nos agrada. O mais importante é agradar e tocar o coração de todos nós. É impossível canalizar e manifestar uma canção se ela não agrada a todos da banda.


O Movimento: Qual a previsão para shows e lançamento do álbum?

Suéteres: Estamos nos readaptando e voltando aos poucos. A principio faremos o lançamento no estado de São Paulo( São Paulo, Sorocaba, Campinas, Pirassununga e Analândia), e divulgaremos as informações aos poucos. Na próxima semana já disponibilizaremos o disco em alguns pontos e por contato direto conosco.


De brinde, vai aqui um vídeo até agora inédito feito por mim no Bar Bodeguita na época do lançamento do Rua Caetés. O áudio não está muito legal, mas vale o registro desta noite clássica...


E aqui algumas fotos de uma apresentação que aconteceu em 2010 no Bar do Preto junto com a banda Vive Le Rock, também de Pirassununga.





Comments


bottom of page